domingo, 27 de março de 2011

CAMINHADA PENITENCIAL REUNE MILHARES DE FIÉIS NAS RUAS DE SALVADOR



A Arquidiocese de Salvador realizou na manhã deste domingo (27), a Caminhada Penitencial, que começou às 6h30, na Conceição da Praia. Mesmo debaixo de chuva cerca de 100 mil católicos, segundo a PM, caminharam em direção a Mansão da Misericórdia, a Igreja do Bonfim.



Uma parte dos fiéis se concentrou no Santuário de Nossa Senhora da Conceição da Praia, no Comércio onde foi realizada uma missa presidida pelo Arcebispo Dom Murilo Krieger.



Outro grupo se concentrou na Igreja de Nossa Senhora das Dores, no bairro do Lobato, na região Suburbana de Salvador, onde também aconteceu outra celebração eucarística presidida por Dom Gregório Paixão.



Depois das celebrações as duas procissões seguiram até o Largo dos Mares, onde se encontraram em frente à Igreja. De lá, caminharam juntas para a Colina Sagrada, na Igreja do Bonfim. Esse foi o primeiro compromisso do novo Arcebispo Primaz do Brasil, Dom Murilo.



Para animar o povo de Deus, ao longo do trajeto de 7km, três trios elétricos participaram da procissão que foi marcada pela passagem da cruz pelas mãos do povo e a doação de alimentos para às Obras Sociais Irmã Dulce e outras creches e abrigos assistidos pela Arquidiocese.



A caminhada até a Colina Sagrada é um propósito de bênção para os católicos, que seguem, nesse tempo de quaresma, dispostos a uma nova experiência de misericórdia e renovação da vida em Cristo.



A caminhada teve início no final dos anos 70, com a mobilização dos fiéis e foi incorporada ao calendário da Arquidiocese em meados dos anos 80.

CONFIRA OUTRAS FOTOS DO EVENTO;


Dom Gregório Paixão...



O toque na CRUZ...


A CRUZ e o Povo de Deus...


Sr. do Bonfim caminhando com o povo...


A juventude também caminhou até a Mansão da Misericórdia...


A admiração do pastor...



O povo venera a imagem do Bom Jesus do Bonfim...

segunda-feira, 7 de março de 2011

CARNAVAL DE ALEGRIAS


O Carnaval é fascinante. Ele nos propicia conhecer outras pessoas, quando brincamos em paz de coração aberto. É quando temos a oportunidade de estar frente a frente com o nosso artista preferido e, ainda de quebra, curtimos aquele show que tanto queríamos ir e participar. Não é difícil perceber a alegria estampada no rosto das pessoas quando dão de cara com Ivete Sangalo, Claudia Leite, Carlinhos Brown, Chiclete Com Banana e tantas outras bandas e artistas que, mesmo no anonimato do Show Business, tem os seus seguidores fieis.

Bandas como o Sayde Bamba, Bleck Staile, que não tem a força de um Psiríco, arrastam um público jovem que tem na ponta da língua as suas canções, ainda que estas deixem nas entrelinhas segundas intenções. Intenções inocentes que despertam mais para uma curtição, que é típica do baiano de transforma tudo em música, que pela maldade explicita. Foi assim com o Asa de Aguia com ‘Take it easy’, quando Durval provou que pra falar inglês não precisa ser poliglota. Com o Chiclete quando cantou ‘A fila andou’, uma linguagem dos dias atuais lembrando o fim do romance e o imediato início de outro.

Atualmente o Sayde Bamba, canta o ‘Chore na minha’, uma alusão as derrotas dos nossos clubes de futebol quando perdem uma partida, e a gozação da torcida adversária é inevitável. É muito divertido acompanhar a reação das pessoas, dentro dos blocos ou não, quando são convocados a interagir levantando as mãos, dando um grito, ou saindo do chão – entenda aqui pulando. A sintonia, o sincronismo, parecem ensaiados de tão perfeitos que ficam as evoluções, ao longo do circuito, traduzidas em perfeição. Isso se aplica a todos, mas principalmente aos Afros e Afoxés, que há muito dão um show de alegria, alegoria e charme com suas alas especificas com dançarinos e figurinos diferenciados.

Esse é o Carnaval plural e cheio de vida, de povo, de gente como a gente. O Carnaval de Salvador. Não importa se querem lhe atribuir um apartheid, por conta dos blocos colocarem cordas para diferenciar os seus associados dos demais, estes brincam com a mesma, ou até mais, intensidade daqueles supostamente “diferenciados” fora das cordas. Aqui, o poder econômico fala mais alto, e esse, é o sistema capitalista que sempre vai impor em todos os setores o seu poder, causando descontentamentos.

São muitos os aspectos que compõe o carnaval. Sei que tem muita coisa para se falar. Porque se o Carnaval fosse certinho, arrumadinho, não teria graça e não iria gerar discussão. Esse é o bom do Carnaval de Salvador que está em constante mutação e cada dia mais forte em sua essência.

Pretendo abordar outros aspectos desse Carnaval aqui nesse espaço democrático nos próximos dias. Bom carnaval pra você.