CRÔNICA
Com o fim do Campeonato baiano tem início o Brasileirão envolvendo as principais equipes do nosso futebol. As atenções da grande mídia vão estar voltadas para as séries A e B, com mais ênfase para a série A, menina dos olhos da "Vênus Platinada" que detém os direitos de transmissão dos jogos. É ela quem dita as regras dos dias e horários das partidas, afinal está pagando e muito barato os clubes que aceitam o que é oferecido para não ficar com o pires na mão. O torcedor, mero coadjuvante, é obrigado a aceitar a dança dos horários de alguns jogos que começam às 22h e terminam no dia seguinte.
Essa contracultura, criada a partir do Clube dos 13, fundado em 1987, com a função de organizar a bagunça que era o campeonato nacional, trouxe a tona não apenas os interesses dos clubes, mas também da maior rede de Tv do país, a Globo. Os direitos de exclusividade, então negociado junto a emissora pela entidade, levou mais receitas para os clubes, porém dividida de forma desigual entre eles cuja maior parte da verba ficava com os principais clubes do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul em detrimento dos outros por não terem tanta representatividade.
Na atual organização dos campeonatos nacionais, divididos nas séries A,B,C e D, dificilmente teremos clubes do Maranhão, Sergipe, Amazonas e outro estados figurando na primeira divisão. Isso porque todo investimento está concentrado no eixo Sul-Sudeste-Minas, e dividir o bolo é tarefa que nenhum dirigente quer. No início de 2011, após a reeleição do atual presidente do Clube dos 13, Fábio Koff, e a abertura de licitação para venda dos direitos de transmissão, a vitória da Rede TV feriu os interesses da Globo e da CBF. Fazendo valer a sua força a Vênus provocou um 'racha' no Clube dos 13, ao negociar os direitos de transmissão diretamente com os clubes, sem o intermédio da entidade.
Comenta-se no meio radiofônico esportivo, que os nossos representantes, Bahia e Vitória, fizeram bons contratos com a emissora. Resta saber até que ponto essa injeção de recursos nos cofres dos nossos clubes refletirá na formação de um elenco forte e competitivo. Como diz o comentarista esportivo Chico Queiroz: O torcedor não suporta mais ver os seus clubes como meros participantes e não disputantes do Brasileirão.
Texto Publicado no Jornal São Salvador.
TEXTOS E CRÔNICAS
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
O AVC NA VIDA DA GENTE
Os homens têm mais derrame com mais freqüência do que as mulheres
O desequilíbrio repentino em um dos membros (braço ou perna), além da face, são os sintomas mais comuns dos acidentes vasculares cerebrais (AVC). Pode significar a isquemia de todo um hemisfério cerebral ou apenas de uma área pequena e específica. Os AVCs, conhecidos popularmente como derrame "É a primeira causa de invalidez e a terceira em morte no mundo. Ele é resultado de doença arterial ou venosa dos vasos do seguimento do pescoço e da cabeça", revela o neurologista Antonio Andrade.
O acidente vascular cerebral se divide em duas categorias: o isquêmico que consiste na oclusão de um vaso sangüíneo que interrompe o fluxo de sangue a uma região específica do cérebro, interferindo com as funções neurológicas dependentes daquela região afetada, e produzindo uma sintomatologia ou déficits característicos. E o hemorrágico, quando existe hemorragia (sangramento) local, com outros fatores complicadores tais como aumento da pressão intracraniana, edema (inchaço) cerebral, entre outros, levando a sinais nem sempre focais. "Dependendo da localização da artéria obstruída uma área menor ou maior do cérebro fica sem receber oxigênio e nutrientes" destaca Andrade.
Segundo o neurologista, hoje, no país, 80% dos acidentes vasculares cerebrais são isquêmicos, outros 20% são de ordem hemorrágicos. O médico lembra também que os fatores de riscos estão fora do controle das pessoas como a hipertensão arterial, doença cardíaca, fibrilação atrial, diabete, fumo, hiperlipidemia, obesidade, dieta rica em gordura e sal, consumo excessivo de álcool, falta de exercício físico além do histórico familiar da doença. Alguns medicamentos aumentam a probabilidade de coágulos sanguíneos como a pílula anticoncepcional ou outras doenças que acarretem aumento no estado de coagulabilidade (coagulação do sangue) do indivíduo e mulheres fumantes acima de 35 anos.
"Lembramos que os homens têm mais derrame com mais freqüência do que as mulheres e as mulheres são mais suscetíveis durante a gravidez e na semana mediante o parto", diz Andrade. O neurologista também chama a atenção para os sintomas que normalmente aparecem de forma episódica (ocorrem e param) ou vão piorando ao longo do dia, alterando o nível de consciência (sonolência, letargia ou perda de consciência), como náusea e vômito, dificuldade repentina em escrever, dificuldade em engolir, fraqueza ou perda da sensibilidade do rosto, braço ou perna com fraqueza em um único lado do corpo. Há ainda sintomas como confusão mental repentina, dificuldade em falar e entender, baixa visão, dor de cabeça súbita e severa sem causa aparente.
Existem três estágios de tratamento do acidente vascular cerebral: tratamento preventivo, tratamento do acidente vascular cerebral agudo e o tratamento de reabilitação pós-AVC. "O tratamento preventivo inclui a identificação e controle dos fatores de risco. A avaliação e o acompanhamento neurológicos regulares são componentes do tratamento preventivo bem como o controle da hipertensão, da diabete, a suspensão do tabagismo e o uso de determinadas drogas (anticoagulantes) que contribuem para a diminuição da incidência de acidentes vasculares cerebrais" adverte.
Texto Publicado no Jornal São Salvador.
O desequilíbrio repentino em um dos membros (braço ou perna), além da face, são os sintomas mais comuns dos acidentes vasculares cerebrais (AVC). Pode significar a isquemia de todo um hemisfério cerebral ou apenas de uma área pequena e específica. Os AVCs, conhecidos popularmente como derrame "É a primeira causa de invalidez e a terceira em morte no mundo. Ele é resultado de doença arterial ou venosa dos vasos do seguimento do pescoço e da cabeça", revela o neurologista Antonio Andrade.
O acidente vascular cerebral se divide em duas categorias: o isquêmico que consiste na oclusão de um vaso sangüíneo que interrompe o fluxo de sangue a uma região específica do cérebro, interferindo com as funções neurológicas dependentes daquela região afetada, e produzindo uma sintomatologia ou déficits característicos. E o hemorrágico, quando existe hemorragia (sangramento) local, com outros fatores complicadores tais como aumento da pressão intracraniana, edema (inchaço) cerebral, entre outros, levando a sinais nem sempre focais. "Dependendo da localização da artéria obstruída uma área menor ou maior do cérebro fica sem receber oxigênio e nutrientes" destaca Andrade.
Segundo o neurologista, hoje, no país, 80% dos acidentes vasculares cerebrais são isquêmicos, outros 20% são de ordem hemorrágicos. O médico lembra também que os fatores de riscos estão fora do controle das pessoas como a hipertensão arterial, doença cardíaca, fibrilação atrial, diabete, fumo, hiperlipidemia, obesidade, dieta rica em gordura e sal, consumo excessivo de álcool, falta de exercício físico além do histórico familiar da doença. Alguns medicamentos aumentam a probabilidade de coágulos sanguíneos como a pílula anticoncepcional ou outras doenças que acarretem aumento no estado de coagulabilidade (coagulação do sangue) do indivíduo e mulheres fumantes acima de 35 anos.
"Lembramos que os homens têm mais derrame com mais freqüência do que as mulheres e as mulheres são mais suscetíveis durante a gravidez e na semana mediante o parto", diz Andrade. O neurologista também chama a atenção para os sintomas que normalmente aparecem de forma episódica (ocorrem e param) ou vão piorando ao longo do dia, alterando o nível de consciência (sonolência, letargia ou perda de consciência), como náusea e vômito, dificuldade repentina em escrever, dificuldade em engolir, fraqueza ou perda da sensibilidade do rosto, braço ou perna com fraqueza em um único lado do corpo. Há ainda sintomas como confusão mental repentina, dificuldade em falar e entender, baixa visão, dor de cabeça súbita e severa sem causa aparente.
Existem três estágios de tratamento do acidente vascular cerebral: tratamento preventivo, tratamento do acidente vascular cerebral agudo e o tratamento de reabilitação pós-AVC. "O tratamento preventivo inclui a identificação e controle dos fatores de risco. A avaliação e o acompanhamento neurológicos regulares são componentes do tratamento preventivo bem como o controle da hipertensão, da diabete, a suspensão do tabagismo e o uso de determinadas drogas (anticoagulantes) que contribuem para a diminuição da incidência de acidentes vasculares cerebrais" adverte.
Texto Publicado no Jornal São Salvador.
O ESPETÁCULO É O FUTEBOL
crônica
Tenho acompanhado nos noticiários das rádios, jornais e Tvs, já há algum tempo, as desordens promovidas por torcedores, ou pseudos torcedores, que dentro do estádio fazem a festa e fora deles protagonizam o terror. O espetáculo vibrante, colorido, as faixas, bandeiras, o rufar dos tambores no ritmo das canções que embalam o time em campo, transformando o imenso estádio em um gigante caldeirão, perde todo o sentido quando uma pedra é lançada, um pedaço de pau se transforma em objeto de vingança.
Ainda que este torcedor não vista a camisa do seu oponente, pelo mero prazer da vingança, o que alguns chamam de rivalidade, em nome de uma paixão por um clube de futebol as pessoas estão brigando e se matando por nada. Nestas horas eu sou saudosista e lembro da primeira vez em que estive no então estádio da Fonte Nova, para assistir um verdadeiro espetáculo: Bahia X Corinthians. E foi justamente em um domingo de estádio lotado, 23 de março de 1982, em que Zenon do Timão e Osni do Tricolor, fizeram tremer o gigante da Fonte. Havia um respeito entre as pessoas que só queriam gritar, extravasar e torcer pelo seu clube, no verdadeiro espírito esportivo.
Hoje, uma minoria de torcedores prefere esquecer o espetáculo para arquitetar planos, que de alguma forma, manche toda beleza da partida depois do apito final. Andar pelas ruas da cidade com a camisa do seu clube preferido em dias de clássico, passou a ser perigoso porque em qualquer esquina, longe ou perto do estádio, o torcedor pode se deparar com um grupinho do time adversário podendo tornar-se presa fácil.
A violência é intolerável, dentro ou fora dos estádios. É preciso uma mudança de postura de todos os envolvidos na realização do espetáculo. Campanhas publicitárias que trate da valorização da vida e o esporte como pacificador dos povos, não seria uma utopia nos tempos modernos. Mas um sinal de verdadeira mudança e valorização do esporte das multidões: o Futebol.
Em tempo: Na ultima crônica, neste espaço, fiz uma alusão aos técnicos midiáticos que decidiriam o Campeonato Baiano. Pena que puxaram o tapete de Toninho Cerezo, do Esporte Clube Vitória na hora do filé. Isso é coisa de dirigentes à deriva.
Texto Publicado no Jornal São Salvador.
Tenho acompanhado nos noticiários das rádios, jornais e Tvs, já há algum tempo, as desordens promovidas por torcedores, ou pseudos torcedores, que dentro do estádio fazem a festa e fora deles protagonizam o terror. O espetáculo vibrante, colorido, as faixas, bandeiras, o rufar dos tambores no ritmo das canções que embalam o time em campo, transformando o imenso estádio em um gigante caldeirão, perde todo o sentido quando uma pedra é lançada, um pedaço de pau se transforma em objeto de vingança.
Ainda que este torcedor não vista a camisa do seu oponente, pelo mero prazer da vingança, o que alguns chamam de rivalidade, em nome de uma paixão por um clube de futebol as pessoas estão brigando e se matando por nada. Nestas horas eu sou saudosista e lembro da primeira vez em que estive no então estádio da Fonte Nova, para assistir um verdadeiro espetáculo: Bahia X Corinthians. E foi justamente em um domingo de estádio lotado, 23 de março de 1982, em que Zenon do Timão e Osni do Tricolor, fizeram tremer o gigante da Fonte. Havia um respeito entre as pessoas que só queriam gritar, extravasar e torcer pelo seu clube, no verdadeiro espírito esportivo.
Hoje, uma minoria de torcedores prefere esquecer o espetáculo para arquitetar planos, que de alguma forma, manche toda beleza da partida depois do apito final. Andar pelas ruas da cidade com a camisa do seu clube preferido em dias de clássico, passou a ser perigoso porque em qualquer esquina, longe ou perto do estádio, o torcedor pode se deparar com um grupinho do time adversário podendo tornar-se presa fácil.
A violência é intolerável, dentro ou fora dos estádios. É preciso uma mudança de postura de todos os envolvidos na realização do espetáculo. Campanhas publicitárias que trate da valorização da vida e o esporte como pacificador dos povos, não seria uma utopia nos tempos modernos. Mas um sinal de verdadeira mudança e valorização do esporte das multidões: o Futebol.
Em tempo: Na ultima crônica, neste espaço, fiz uma alusão aos técnicos midiáticos que decidiriam o Campeonato Baiano. Pena que puxaram o tapete de Toninho Cerezo, do Esporte Clube Vitória na hora do filé. Isso é coisa de dirigentes à deriva.
Texto Publicado no Jornal São Salvador.
DIETA OU REEDUCAÇÃO ALIMENTAR? (EIS A QUESTÃO!)
A melhoria nas condições de trabalho e renda do brasileiro resultaram também em um mesa mais farta para as famílias. Os alimentos que antes eram consumidos pela classe média-alta, agora ficaram mais acessíveis. Da mesma forma que o acesso ao alimento ficou mais fácil, ao menos para algumas pessoas, não há, ainda, uma preocupação maior com uma alimentação de qualidade.
Muitas das guloseimas escolhidas pela maioria das famílias são industrializadas, o que facilita a vida das pessoas. No entanto o resultado vem logo depois: as pessoas acabam ganhando uns quilos extras, antecipando, muitas vezes, surgimento de doenças. Os corantes, conservantes e agrotóxicos aplicados nos alimentos são considerados vilões da boa saúde. “As pessoas mais idosas não contavam com tantos avanços na indústria, na medicina, e não tinham doenças tão graves e tão diversas. Podemos também lembrar que a geração coca-cola e fest-food correspondem às gerações que comeram e comem de forma incorreta, desde a concepção” revela Lourdinha Cardoso, terapeuta alimentar.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que mais de 115 milhões de pessoas sofram de problemas relacionados com a obesidade nos países em desenvolvimento. No Brasil, a situação não é diferente. Cerca de 40% da população está acima do peso. A mudança de hábito fez ascender no país a “indústria do corpo perfeito” moldado não só pela televisão, mas por revistas especializadas que vendem para um público desavisado fórmulas ‘milagrosas’ de emagrecimento rápido. Para Cardoso, o perigo destas fórmulas mágicas, tanto do emagrecimento quanto para engordar é um desrespeito ao caráter individual do ser humano. “Seu metabolismo, sua programação genética, sua condição profissional, sua estrutura emocional tudo isso depende do conjunto personal considerado por cada um, ou até por um profissional, que realize uma avaliação lógica e funcional de cada indivíduo.”
Pressão alta, diabetes e o risco de morte súbita fizeram com que o soldado da Polícia Militar, Hamilton Ferreira, optasse pela fórmula mais radical de emagrecimento: a cirurgia Bariátrica “Estava gordo, tudo que fazia me cansava com facilidade, além da dificuldade para dormir, tinha apneia do sono e depois da cirurgia, tudo acabou”, revela. Ferreira, que pesava 120kg, hoje, nove meses depois da cirurgia, está com 78kg e segue uma dieta rigorosa à base de frutas, verduras, grelhados e muito líquido.
Para a Terapeuta Alimentar, o caso do Soldado é uma exceção “A redução de estômago por cirurgia requer muito cuidado, não é este carnaval midiático que se diz e se faz. Há grandes perdas da saúde e até casos de pessoas que foram a óbito. Certamente passaram por negligências clínicas em lugar de se reeducar”, destaca. Para a profissional, um procedimento mal sucedido pode marcar para sempre a vida do paciente, quando o melhor caminho seria a reeducação. “A orientação Alimentar carrega em si uma reeducação mais calma e duradoura. Uma cirurgia tem prazo determinado para o procedimento. Não dando certo as seqüelas, além de também serem físicas, serão profundamente emocionais”.
Com os novos estudos e avanços da ciência é possível evitar o extremo de uma cirurgia ou de dietas mirabolantes e desacompanhadas de um profissional, o que pode gerar o chamado efeito sanfona. Nesse ponto a reeducação alimentar é vital para quem quer se manter no peso e com saúde. Segundo Lourdinha Cardoso, a terapia alimentar consiste um processo ou condução adequada dos alimentos em função de um diagnóstico ou de uma prevenção consciente para cada pessoa. Esse processo requer disciplina e acompanhamento “Os benefícios são enormes e um deles é a conquista de uma mudança de hábito sem o trauma da dieta com a alegria de viver saudavelmente”, revela.
Para quem busca uma mudança e pretende manter uma dieta saudável deve procurar um especialista que vai orientar, de forma mais correta, como aproveitar o máximo dos alimentos sem prejuízo à saúde e ao bem estar do corpo “A terapia Alimentar resgata o conhecimento, eleva a auto-estima e a responsabilidade das pessoas. Mas a escolha enquanto criança é um direito exercido por pais ou responsáveis e enquanto adultos, cabe a eles próprios decidirem. O momento emocional de algumas pessoas retardam esta decisão o que acarreta sempre mais prejuízos”, destaca.
Texto Publicado no Jornal São Salvador.
Muitas das guloseimas escolhidas pela maioria das famílias são industrializadas, o que facilita a vida das pessoas. No entanto o resultado vem logo depois: as pessoas acabam ganhando uns quilos extras, antecipando, muitas vezes, surgimento de doenças. Os corantes, conservantes e agrotóxicos aplicados nos alimentos são considerados vilões da boa saúde. “As pessoas mais idosas não contavam com tantos avanços na indústria, na medicina, e não tinham doenças tão graves e tão diversas. Podemos também lembrar que a geração coca-cola e fest-food correspondem às gerações que comeram e comem de forma incorreta, desde a concepção” revela Lourdinha Cardoso, terapeuta alimentar.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que mais de 115 milhões de pessoas sofram de problemas relacionados com a obesidade nos países em desenvolvimento. No Brasil, a situação não é diferente. Cerca de 40% da população está acima do peso. A mudança de hábito fez ascender no país a “indústria do corpo perfeito” moldado não só pela televisão, mas por revistas especializadas que vendem para um público desavisado fórmulas ‘milagrosas’ de emagrecimento rápido. Para Cardoso, o perigo destas fórmulas mágicas, tanto do emagrecimento quanto para engordar é um desrespeito ao caráter individual do ser humano. “Seu metabolismo, sua programação genética, sua condição profissional, sua estrutura emocional tudo isso depende do conjunto personal considerado por cada um, ou até por um profissional, que realize uma avaliação lógica e funcional de cada indivíduo.”
Pressão alta, diabetes e o risco de morte súbita fizeram com que o soldado da Polícia Militar, Hamilton Ferreira, optasse pela fórmula mais radical de emagrecimento: a cirurgia Bariátrica “Estava gordo, tudo que fazia me cansava com facilidade, além da dificuldade para dormir, tinha apneia do sono e depois da cirurgia, tudo acabou”, revela. Ferreira, que pesava 120kg, hoje, nove meses depois da cirurgia, está com 78kg e segue uma dieta rigorosa à base de frutas, verduras, grelhados e muito líquido.
Para a Terapeuta Alimentar, o caso do Soldado é uma exceção “A redução de estômago por cirurgia requer muito cuidado, não é este carnaval midiático que se diz e se faz. Há grandes perdas da saúde e até casos de pessoas que foram a óbito. Certamente passaram por negligências clínicas em lugar de se reeducar”, destaca. Para a profissional, um procedimento mal sucedido pode marcar para sempre a vida do paciente, quando o melhor caminho seria a reeducação. “A orientação Alimentar carrega em si uma reeducação mais calma e duradoura. Uma cirurgia tem prazo determinado para o procedimento. Não dando certo as seqüelas, além de também serem físicas, serão profundamente emocionais”.
Com os novos estudos e avanços da ciência é possível evitar o extremo de uma cirurgia ou de dietas mirabolantes e desacompanhadas de um profissional, o que pode gerar o chamado efeito sanfona. Nesse ponto a reeducação alimentar é vital para quem quer se manter no peso e com saúde. Segundo Lourdinha Cardoso, a terapia alimentar consiste um processo ou condução adequada dos alimentos em função de um diagnóstico ou de uma prevenção consciente para cada pessoa. Esse processo requer disciplina e acompanhamento “Os benefícios são enormes e um deles é a conquista de uma mudança de hábito sem o trauma da dieta com a alegria de viver saudavelmente”, revela.
Para quem busca uma mudança e pretende manter uma dieta saudável deve procurar um especialista que vai orientar, de forma mais correta, como aproveitar o máximo dos alimentos sem prejuízo à saúde e ao bem estar do corpo “A terapia Alimentar resgata o conhecimento, eleva a auto-estima e a responsabilidade das pessoas. Mas a escolha enquanto criança é um direito exercido por pais ou responsáveis e enquanto adultos, cabe a eles próprios decidirem. O momento emocional de algumas pessoas retardam esta decisão o que acarreta sempre mais prejuízos”, destaca.
Texto Publicado no Jornal São Salvador.
OS TÉCNICOS MÍDIATICOS E A DECISÃO DO BAIANÃO
Crônica Já estamos na segunda fase do Baianão. O Bahia, hipoteticamente, foi o campeão disparado. Mesmo sem valer nada, na fase inicial, elevou o moral do time que teve um inicio de campeonato ruim. Alguns atribuíram ao ex-técnico Joel Santana, que trocou o Tricolor pelo Flamengo em pleno campeonato, por sua postura retranqueira e sua aposta no futebol de resultados.
Joel abria mão da qualidade e velocidade apenas para garantir um bom resultado, ainda que um empate, que soma muito pouco em campeonato de pontos corridos. Hoje o torcedor do Bahia agradece a troca feita pelo papai Joel. Em um lance de Marketing e muita ousadia a diretoria do Bahia trouxe para comandar a equipe, nesta temporada, nada menos que Paulo Roberto Falcão.
A façanha rendeu mídia nacional por um bom tempo ao futebol baiano, porém faltava mostrar em campo toda aquela expectativa gerada pela chegada, do agora técnico, que fez parte da seleção, comandada por Telê Santana, que encantou o mundo na Copa de 82, na Espanha. Falcão não decepcionou na partida de estréia, empatou por zero a zero, com o agora, seu maior rival o Vitória, comando por Toninho Cerezo, que fez parte daquela Seleção inesquecível.
Falcão e Cerezo devem decidir o Baianão desse ano, já que suas equipes jogam buscando o gol e não esperando o adversário errar. Eles herdaram do mestre Telê a arte do bom futebol. Mesmo sem terem um elenco de craques, como teve Telê, vão se virando como podem tentando mostrar serviço. Ah! Em tempo, eles decidem o campeonato se parte da imprensa e da torcida deixarem o Cerezo trabalhar.
Texto Publicado no Jornal São Salvador.
Joel abria mão da qualidade e velocidade apenas para garantir um bom resultado, ainda que um empate, que soma muito pouco em campeonato de pontos corridos. Hoje o torcedor do Bahia agradece a troca feita pelo papai Joel. Em um lance de Marketing e muita ousadia a diretoria do Bahia trouxe para comandar a equipe, nesta temporada, nada menos que Paulo Roberto Falcão.
A façanha rendeu mídia nacional por um bom tempo ao futebol baiano, porém faltava mostrar em campo toda aquela expectativa gerada pela chegada, do agora técnico, que fez parte da seleção, comandada por Telê Santana, que encantou o mundo na Copa de 82, na Espanha. Falcão não decepcionou na partida de estréia, empatou por zero a zero, com o agora, seu maior rival o Vitória, comando por Toninho Cerezo, que fez parte daquela Seleção inesquecível.
Falcão e Cerezo devem decidir o Baianão desse ano, já que suas equipes jogam buscando o gol e não esperando o adversário errar. Eles herdaram do mestre Telê a arte do bom futebol. Mesmo sem terem um elenco de craques, como teve Telê, vão se virando como podem tentando mostrar serviço. Ah! Em tempo, eles decidem o campeonato se parte da imprensa e da torcida deixarem o Cerezo trabalhar.
Texto Publicado no Jornal São Salvador.
AÍ MEU CORAÇÃO!
Em um dia qualquer na vida de qualquer pessoa ‘tudo pode acontecer’. No campo da saúde, certo é que é possível ter uma vida sem surpresas. Será? Para quem leva uma vida desregrada a base de chop, churrasquinho, feijoada, torresmo e cigarro é pedir para morrer mais cedo. Para o cardiologista, Mauricio Nunes, eles são considerados os alimentos nocivos para o coração por serem ricos em gordura saturada e o cigarro causador de 100% dos casos de câncer do pulmão.
A melhora na condição econômica do brasileiro é apontada por Nunes, como um fator para a mudança no comportamento e na forma de se alimentar. “Ele passa a adquirir hábitos nocivos na sua nova vida. Se preocupa em adquirir um status que antes não havia e comete todo tipo de abusos” pontua.
Não obstante a essa realidade, aos 47 anos, pai de um filho, essa era a receita preferida do operador de áudio da Rádio Excelsior, Gilberto Sales Mota, fumante contumaz, que sofreu dois infartos em menos de dois anos “Primeiro senti uma forte dor no peito, a voz embolada, o meu braço esquerdo ficou como se estivesse esquecido, a vista escureceu e um suor muito intenso escorreu pelo corpo. Uma sensação como se estivesse morrendo”. Sales foi salvo por seus familiares, que além de socorrê-lo para um hospital, colocaram um comprimido debaixo de sua língua “foi o que me salvou e deu tempo de chegar ao hospital”. Revela.
O coração é o principal órgão do nosso corpo, ele manda sangue e nutriente para todos os outros órgãos com a grande finalidade de nos manter vivos. Mesmo com essa função ele não está livre de problemas “Suas doenças podem ser primarias, quando já nascemos com alguma doença congênita que leva principalmente o infarto do miocárdio, ou secundarias a um evento cardiovascular” destaca o cardiologista. Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Cardiologia revela que só no EUA, o infarto do miocárdio, chega a vitimar 1 milhão de pessoas e, no Brasil, 400 mil por ano, sem que tenham o primeiro atendimento.
Para o Dr. Nunes, o crescente número de mortes no Brasil é motivado pela falta, não só de estrutura nos grandes centros, como pela desobediência dos pacientes às prescrições médicas “Os pacientes que não obedecem aos conselhos dos seus médicos, não cumprem as medidas higieno-dietéticas e a falta de estruturas adequadas em alguns centros, são as principais causas de morte por infarto no Brasil”.
Para uma vida saudável ele chama atenção para os limites do próprio corpo, tanto para pessoa comum quanto os atletas “É preciso estar atento aos limites do corpo. Exercícios, boa dieta, obedecer aos conselhos médicos mantém o coração bem condicionado tanto do ponto vista do treinamento como anatomicamente é fundamental para o bem estar de qualquer pessoa seja ele atleta ou não” recomenda.
Texto Publicado no Jornal São Salvador.
A melhora na condição econômica do brasileiro é apontada por Nunes, como um fator para a mudança no comportamento e na forma de se alimentar. “Ele passa a adquirir hábitos nocivos na sua nova vida. Se preocupa em adquirir um status que antes não havia e comete todo tipo de abusos” pontua.
Não obstante a essa realidade, aos 47 anos, pai de um filho, essa era a receita preferida do operador de áudio da Rádio Excelsior, Gilberto Sales Mota, fumante contumaz, que sofreu dois infartos em menos de dois anos “Primeiro senti uma forte dor no peito, a voz embolada, o meu braço esquerdo ficou como se estivesse esquecido, a vista escureceu e um suor muito intenso escorreu pelo corpo. Uma sensação como se estivesse morrendo”. Sales foi salvo por seus familiares, que além de socorrê-lo para um hospital, colocaram um comprimido debaixo de sua língua “foi o que me salvou e deu tempo de chegar ao hospital”. Revela.
O coração é o principal órgão do nosso corpo, ele manda sangue e nutriente para todos os outros órgãos com a grande finalidade de nos manter vivos. Mesmo com essa função ele não está livre de problemas “Suas doenças podem ser primarias, quando já nascemos com alguma doença congênita que leva principalmente o infarto do miocárdio, ou secundarias a um evento cardiovascular” destaca o cardiologista. Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Cardiologia revela que só no EUA, o infarto do miocárdio, chega a vitimar 1 milhão de pessoas e, no Brasil, 400 mil por ano, sem que tenham o primeiro atendimento.
Para o Dr. Nunes, o crescente número de mortes no Brasil é motivado pela falta, não só de estrutura nos grandes centros, como pela desobediência dos pacientes às prescrições médicas “Os pacientes que não obedecem aos conselhos dos seus médicos, não cumprem as medidas higieno-dietéticas e a falta de estruturas adequadas em alguns centros, são as principais causas de morte por infarto no Brasil”.
Para uma vida saudável ele chama atenção para os limites do próprio corpo, tanto para pessoa comum quanto os atletas “É preciso estar atento aos limites do corpo. Exercícios, boa dieta, obedecer aos conselhos médicos mantém o coração bem condicionado tanto do ponto vista do treinamento como anatomicamente é fundamental para o bem estar de qualquer pessoa seja ele atleta ou não” recomenda.
Texto Publicado no Jornal São Salvador.
O IMPONDERÁVEL NA VIDA DA GENTE
Crônica No esporte, como em qualquer situação da vida, nem sempre vence o melhor. Isso, porque o ‘imponderável’ costuma acontecer mesmo com os atletas mais aplicados e melhores preparados física e psicologicamente durante uma competição e, no nosso dia-a-dia. Se observarmos os atletas que participam das disputas individuais lembramos logo de dois atletas que chegaram às últimas olimpíadas favoritíssimos, pelos resultados conquistados no mundial, que antecede os jogos olímpicos, Diego Hipólito e Daiane dos Santos. No entanto, eles fracassaram em suas especialidades, a ginástica no solo.
Muitos disseram ter sido excesso de confiança, outros atribuíam ao azar e tantos outros adjetivos para explicar um acontecimento natural que pode acontecer com todo e qualquer atleta. O imponderável é o inexplicável, mas podemos dizer que é o dia em que nada dá certo. Muito mais pela falta de concentração, a ansiedade, o medo aliado a pressão de ter que ser e se manter o melhor.
Pelé no auge de sua carreira tinha a sua maneira particular de concentração, era a forma como ele diminuía o stress das viagens, dos jogos e da responsabilidade de ser o melhor jogador do seu tempo. Ele simplesmente deitava em um canto do vestiário e como se estivesse programando um computador imaginava o seu marcador e, desta forma, preparava o cérebro e o corpo para a partida que viria.
Ainda que o Santos não vencesse o adversário, pelo menos Pelé deixou um grande exemplo de como podemos nos preparar para o imponderável, se programando para vencê-lo. Assim como tudo na vida é possível sim alcançar grandes objetivos, e tudo isso passa não só apenas pela preparação física, mas também intelectual e acima de tudo manter-se atento a tudo para não cair na graça do “imponderável”.
Texto Publicado no Jornal São Salvador.
Muitos disseram ter sido excesso de confiança, outros atribuíam ao azar e tantos outros adjetivos para explicar um acontecimento natural que pode acontecer com todo e qualquer atleta. O imponderável é o inexplicável, mas podemos dizer que é o dia em que nada dá certo. Muito mais pela falta de concentração, a ansiedade, o medo aliado a pressão de ter que ser e se manter o melhor.
Pelé no auge de sua carreira tinha a sua maneira particular de concentração, era a forma como ele diminuía o stress das viagens, dos jogos e da responsabilidade de ser o melhor jogador do seu tempo. Ele simplesmente deitava em um canto do vestiário e como se estivesse programando um computador imaginava o seu marcador e, desta forma, preparava o cérebro e o corpo para a partida que viria.
Ainda que o Santos não vencesse o adversário, pelo menos Pelé deixou um grande exemplo de como podemos nos preparar para o imponderável, se programando para vencê-lo. Assim como tudo na vida é possível sim alcançar grandes objetivos, e tudo isso passa não só apenas pela preparação física, mas também intelectual e acima de tudo manter-se atento a tudo para não cair na graça do “imponderável”.
Texto Publicado no Jornal São Salvador.
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